Amigo Carlos; recebi sua mensagem, a qual muito me emocionou, não só pela beleza e razão do seu conteúdo, mais e, muito mais, por ter partido de você.
Essa vontade de compartilhar com outros idéias tão lógicas sobre a existência de Deus e de sua magnífica sabedoria é um sintoma de que algo penetrou seu coração, que não é terra estéril e será capaz de frutificar.
Pois é amigo; Deus escolhe essas formas simples e sutis de falar conosco! Ora são coisas estranhas que acontecem, ora intrigantes coincidências. Outras vezes sintonizamos o rádio num programa cujo tema converge diretamente para nossos anseios e dúvidas ou temos um encontro inesperado com algo que jamais imaginávamos e aí, tratamos logo de classificar tudo como simples acasos.
Pelo sim, pelo não, jamais saberemos ou, na maioria das vezes, continuamos resistentes em não reconhecer a influência divina. Semelhante àquela história da raposa que desdenhou as uvas porque não podia alcançá-las. Assim também, inicialmente, desdenhamos as transformações já recorrentes no íntimo do nosso ser porque temos vergonha de dar o braço a torcer, de parecermos piegas, ultrapassados, cafonas, xiitas, etc., destoantes num contexto cultural em que as pessoas se consideram sapientes não pelo saber, mas por estarem submetidas a modismos pobres e efêmeros.
Todavia, se você algum dia ficar constrangido de falar claramente sobre isso, simplesmente não fale. Deus não quer que fale nada, apregoe nada. Simplesmente mude e todos percebem.
Por falar em mudanças, você pela sua característica de analista lógico, dirá: - mudar o que? Para onde? De que maneira? Mudar significa servir melhor, primar pela justiça, ser ponto de concórdia, de equilíbrio. Ser defensor ferrenho dos mais fracos, ouvir sua mulher, compreendê-la, aceitá-la como ela é, sempre procurando enaltecer suas qualidades, protegê-la abrandando seus medos e anseios e aí, por tabela, você estará semeando um futuro mental sadio para sua filha. E ainda sem se esquecer que esta não é sua oferenda, seu favor, mas sua obrigação, a parte que lhe toca no equilíbrio universal e na fabricação da sua própria felicidade, que, sem dúvida, virá, porque ela sempre permeia as consciências remidas.
Sabe amigo, você que gosta de pensar com lógica, tente se lembrar de algo no universo que não tenha uma função no equilíbrio cósmico e natural. Com certeza você me perguntará: - para que serve alfa centauro com seus trilhões de megatons de energia termonuclear numa distância astronômica de nós? Eu lhe responderei que não sei, mas tenha certeza que está cumprindo seu papel pré-determinado, assim como está também o fictoplancton invisível no meio do oceano, alimentando outros e fabricando setenta por cento do oxigênio que cobre o planeta.
Diante de tudo isso, qual nossa pretensão que nos faz pensar que estamos incólumes a esta dinâmica. Temos também nosso papel nesse teatro universal e certamente este será proporcional à dádiva que ganhamos por sermos a única criação capaz de pensar e escolher seu próprio destino proporcional em grandeza e responsabilidade. Uma função simples, lógica e tão importante: dê sempre aos outros da forma e com a intensidade que você gostaria de ganhar.
É comum ouvirmos dizer que explicar Deus não é possível quando se fala em ciência. Eu, ao contrário, sinto-me confortável fazendo isso me valendo da ciência. Você conhece bem aquela velha lei da" ação e reação"? Se você joga uma pedra no muro ela volta na sua cabeça. Na convivência humana também é assim. Se você sorri, recebe um sorriso. Se receber bem, será bem recebido. Se amar será, amado. Se amaldiçoar, será amaldiçoado. Lembre-se de que alguém produziu essa lei. Quem terá sido?
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