A MORTE DE EDUARDO DA LIÇÃO PARA
A VIDA!
Num átimo cessa o burburinho!
Vozes, antes conflitantes, em uníssono choram e o pandemônio em que se
transformou a sociedade brasileira, aonde todos falam e ninguém se entende, cala
diante da morte! Olhos arregalados, caras assustadas, por quê e, por fim,
apenas o silencio tétrico resta...
A vida precisa e deve continuar!
A vida sempre a vida; essa, a grande preciosidade, o maior de todos os
patrimônios! O que valeria o universo, astros, planetas, a terra, o Brasil e
todas as riquezas que encerram sem a vida?! O tudo, de repente, seria nada!
Restaria tão somente a morte, sua frieza, o silêncio, o vazio...
Os brasileiros agora, envoltos na
densa nuvem de interrogações e exclamações têm apenas uma saída: levantarem a
cabeça, marchando com a lanterna do bom senso, da ética e do respeito acesa
alumiando o caminho, planejando o futuro na folha turva de um presente
conturbado em que esperanças desvanecem como folhas no outono.
Faço votos e oro genuflexo diante
de Deus, para que a morte e seu sofrimento, que retumbaram forte nas
consciências sirvam, ao menos, para alertar que o facho de luz na escuridão
indica o caminho certo: a vida clama por mais respeito, mais responsabilidade,
mais trabalho, mais bom senso, mais ética e menos ódio ideológico, menos retaliação,
menos corrupção; para que a vida seja mais fácil e digna, não só para as
gerações futuras, como também para estas que aqui estão agora.
Que a placidez da esperança
cantada pelo poeta nos versos do Hino Nacional assuma seu real significado na
vida brasileira! Lutemos por isso.
ANTONIO KLEBER DOS SANTOS CECILIO