A VERDADE NUNCA REVELADA SOBRE A INFLAÇÃO NO
BRASIL!
Nosso propósito não é dar uma aula
de economia, mesmo porque a complexidade do tema e a exigüidade do espaço não
permitem. Contudo, uma abordagem mesmo superficial com palavras claras, exemplos
interessantes e sem subterfúgios será útil para auxiliar o cidadão comum a entender
um dos mais sérios problemas do Brasil, que pode influenciar negativamente o
bolso de todo o povo brasileiro, independentemente da classe social e da
atividade econômica de cada cidadão.
Desde tempos remotos, quando a moeda
ainda não existia como meio de pagamento e o mercado era baseado na troca de
mercadorias, já se conhecia o fenômeno da inflação. A própria palavra é um
derivativo do verbo inflar, que pode significar também encher ou inchar.
Mercadores nômades observavam
búfalos selvagens lambendo salinas ou mesmo a areia das praias e depois procurar
uma fonte d’água para matar a sede. Em seguida os animais iniciavam viagem de
dias sem beber água. Então, concluíram que a ingestão de sal era necessária
para que pudessem ficar longos períodos sem se hidratar, significando que o sal
tem a capacidade de reter água no organismo.
Obviamente um búfalo inflado era
aquele que estava com alta reserva hídrica (água) no organismo. Assim, tendo a
natureza como exemplo, os comerciantes antes de colocarem o gado à venda, lhe forneciam
sal em abundância e depois água à vontade fazendo com que passasse alguns dias
acima do peso. Exatamente o tempo necessário para a chegada dos compradores,
que só percebiam o prejuízo léguas adiante, quando não havia mais como
reclamar.
Na economia moderna não se usam mais
bois como moeda de troca, mas a idéia central que a inflação encerra continua
viva como nunca. Numa economia contaminada pela inflação há sempre que se
considerar a desvalorização monetária, uma vez que a cada dia com a mesma
quantidade de dinheiro compram-se menos mercadorias. Aparentemente os preços
sobem sem motivo, mas, na verdade as altas constantes são o resultado de
desequilíbrios preocupantes na economia.
No Brasil há dois fatores inflacionários
que incomodam há décadas; os governos os conhecem, mas nunca explicam
claramente ao povo. É normal ouvirmos o presidente ou ministros tentando
justificar altas inflacionárias e prometendo que vão resolver o problema,
contudo, nunca resolvem, porque a solução passa por caminhos muito difíceis;
talvez até impossíveis no Brasil e depende de providências de ordem política e estrutural,
tão caras, complexas e demoradas que é mais fácil se desculpar e empurrar o
problema com a barriga.
Notem que o remédio comum aplicado
por todos os governantes é a alta dos juros. Assim as operações financeiras,
incluindo compras a vista, a prazo e empréstimos bancários ficam mais caras. Aumentar
os juros é a ferramenta mais comum para diminuir o consumo das famílias e das
empresas. Ao aplicar esse remédio o povo consome menos, as empresas investem
menos, a produção cai, o desemprego aumenta, o consumo diminui ainda mais e o
país para. Assim montamos numa gangorra: toda vez que o país vai parando, o
governo baixa juros, reduz os impostos
de alguns produtos populares como eletrodomésticos e automóveis. Lentamente a
economia começa a respirar voltando a crescer até que um belo dia a inflação
sobe e nova alta de juros faz voltar tudo à estaca zero, num vai e vem sem fim.
O país que vive este problema esta doente. Aumentar e baixar juros é como receitar
aspirina para o paciente que esta com câncer. Nada resolve, mas impede o
desenvolvimento e mantém quem já é pobre ainda mais pobre. Os ricos, menos
ricos.
A economia de um país é a ciência do
equilíbrio! É indispensável que as empresas se preparem com antecedência e
adequadamente para abastecer o mercado com sua produção. Para isso precisam de
capital de giro, capital de investimento para aquisição de novos equipamentos,
ampliação de instalações, contratação de mão de obra nova em tempo suficiente.
Mas o combustível que move o empresário a arriscar seu capital se chama
confiança no futuro. Quando há incertezas no horizonte, as empresas param de
ampliar sua capacidade de produzir e se mantêm em ponto morto numa espécie de
compasso de espera.
O Brasil é um país que há décadas
planta incertezas nos horizontes da economia e na cabeça dos investidores.
Insegurança proveniente da concorrência cada vez maior com produtos chineses
baratos, impostos cada vez mais altos, leis trabalhistas que concedem direitos
cada vez mais caros aos trabalhadores, falta de mão de obra qualificada, juros
altos, complexa burocracia, infra-estrutura de transportes precária e cara.
Essas são apenas algumas das causas, mas, dependendo da região do país, outras
podem também influir negativamente.
O governo, principalmente esse do
PT, não toma nenhuma providência no sentido de fazer com que as empresas
aumentem a produção, mas atua do outro lado da moeda distribuindo dinheiro ao povo
através de seus programas assistencialistas e bolsas com o único objetivo de
ganhar votos.
Vou explicar: O governo não erra por
ajudar aos pobres, mas não acerta quando somente ajuda aos pobres. A ajuda deve
vir acompanhada de forte incentivo à produção. Quando uma multidão de pessoas
miseráveis que nunca puderam consumir, ganha bolsas e vira consumidora acontece
um grande aumento repentino da procura por mercadorias As empresas tentam
atender ao aumento extra da procura, mas não conseguem, porque sua capacidade
de produção não é suficiente. Nessas circunstâncias gera-se desequilíbrio entre
produção e procura, provocando a imediata e descontrolada elevação de preços.
Essa situação é ruim para todo mundo, porque os salários e as bolsas do governo
não aumentam na mesma proporção dos preços e todos ficam cada vez mais pobres.
O outro fator que contribui para
alta inflacionária também reside no saco de burrices e incompetências do
governo. À medida que aumentam-se impostos, deveriam também aumentar investimentos
em construção e modernização de estradas, portos, aeroportos, hospitais,
escolas, etc. Enfim; na mesma proporção que o governo tira dinheiro da
sociedade deve investir em infra-estrutura e melhoramentos de toda ordem. Uma
das funções de governo é transforma-se num potente motor propulsor do
progresso, através da devolução de impostos em benfeitorias e desenvolvimento. O
ato de construir e modernizar tem alto potencial de geração de empregos e distribuição
de renda, assim criando clima favorável e de confiança; muito contribuindo para
o equilíbrio entre a oferta e o consumo. O governo do PT ia ao caminho certo,
quando lançou o Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC), uma boa iniciativa,
que até hoje levantou vôo de galinha por incompetência, despreparo gerencial e
falsidade ideológico-eleitoreira.
Algumas estatísticas recentes dão
conta da situação alarmante em que se encontra o Brasil. A primeira acusa que a
corrupção e a ineficiência administrativa são responsáveis pelo desvio anual de
mais de 40 bilhões de dólares e uma outra informa que nos últimos dez anos os
ladrões de colarinho branco roubaram do povo quase um terço de tudo que se
produziu no país. Pelo menos se esse montante tivesse permanecido girando na
economia com a abertura de fábricas e outros projetos producentes, talvez a
coisa não fosse tão séria; o grande problema é que a maior parte desse montante
é desviada para paraísos fiscais e investimentos no exterior.
A presidente Dilma diante da alta
inflacionária prometeu que não descansará enquanto não controlar a inflação.
Mentiu para o povo, porque ela sabe que não pode controlá-la com os métodos de
gestão usados pelo PT. O máximo que poderá fazer é botar o pé no freio para o
coração econômico do país bater mais devagar. Sabe também que a economia
caracteriza-se como uma ciência exata. Por isso o Estado jamais pode injetar
dinheiro na economia sem lastro. Isso significa que pela mesma quantidade de
moeda nova injetada, necessário é que se produza na mesma equivalência.
O PT já esta distribuindo hoje em
auxilio para os pobres 13 bilhões de reais por mês e pretende aumentar ainda
mais. Se não houver o mesmo incentivo para o setor produtivo a inflação vai
continuar aumentando. Matemática é do equilíbrio, não é do PT comunista que
pensa poder fazer o país crescer e tirar multidões da miséria desprezando quem
pensa, investe e produz. A isso classifico como burrice utópica
Soviético-Cubana-Marxista-Comunista ou devaneios de idiotas do baixo calibre de
Lenin, Fidel Castro, Hugo Chaves, Lula e simpatizantes.
p/
ANTONIO KLEBER DOS SANTOS CECILIO