OS "ISMOS" E O IMPEACHMENT
Desde a posse da senhora Dilma Roussef não se pronunciou outra palavra tantas vezes, com tanta paixão por parte de quem a apóia, quanto da parte dos que a acusam. Enquanto isso o Brasil adormeceu e dizem que acordará com uma ressaca que poderá durar mais de vinte anos; o que pode resultar em desemprego, pobreza e infelicidade.
Pensando na calamidade nacional, me lembrei de um velho filósofo e professor que gostava de dizer que precisamos ter muito cuidado com tudo que termina em "ismo". Sempre lhe dei razão e agora mais do que nunca... Só para ajudar a memória do prezado leitor vão aqui alguns exemplos, que poderão servir para aguçar sua curiosidade, como para desafiá-lo a se lembrar de algum "ismo" que fuja desta impressionante verdade.
Quantas vezes na vida ouve-se falar em Passionalismo, Comunismo, Capitalismo, Castrismo, Militarismo, Parasitismo, Ocultismo, Nepotismo, Clientelismo, Assistencialismo, Partidarismo, Populismo? Concorda o leitor que poderíamos passar muitos horas tentando lembrar de tantos "ismos", para, finalmente, nos certificarmos que noventa e cinco por cento das palavras com essa mal fadada terminação sempre significam algo defendido por um bando de malucos apaixonados por uma sandice qualquer, tendo como causa a desinformação, a burrice ou um grande interesse próprio?
Dando seqüência ao estudo dos "ismos", há dias passados, vimos e ouvimos nossos eficientes parlamentares justificarem seus votos pela mãe, pelo neto, pela vizinha, pelo prefeito malandro, pela amante, pelo carnaval. Infelizmente não vimos, nem ouvimos nenhum voto pelo Brasil, pelo Progresso, pelo Direito de ser respeitado. Certamente poderíamos chamar aquele espetáculo de "Sensacionalismo", uma vez que muitos daqueles, há poucos dias, ainda faziam parte do grupo dos incendiários que vêm bombardeando o Brasil e seu povo com bombas de mentiras, falsidades e cinismo.
Em nome do Brasil, o povo gostaria de saber que o voto a favor do afastamento da presidente e do seu séquito fazia-se necessário por muito mais do que pelo vil desrespeito à "Lei da Improbidade". Suas Excelências, os Nobres Deputados, deveriam ter votado também pela interrupção do projeto populista que trabalha há mais de vinte anos pela transformação da América Latina numa nova União Soviética Comunista, tendo o Brasil e seu povo pagador de impostos como patrocinadores. Este o motivo inconfessável da roubalheira institucionalizada, da associação com bandidos ricos, do empreguismo oficial, da destruição da Petrobras, dos empréstimos secretos para ditadores africanos e latinos, da grande quantidade de ministérios e da compra de votos através de programas sociais insustentáveis.
O Brasil parou e vai continuar parado, enquanto em seus horizontes houver o risco da existência de um governo marxista comunista bolivariano nos moldes dos atuais vigentes em alguns países sul americanos e que estão caindo como uvas podres, graças ao despertar das consciências adormecidas. Qual investidor nacional ou internacional, em sã consciência, colocará em jogo seus recursos, para depois serem confiscados por um governo comunista autoritário, ineficiente, centralizador e mau gastador? Enquanto isso, não haverá empregos, não haverá Ordem, não haverá Progresso!
Winston Churchill, grande pensador e duas vezes Primeiro Ministro Britânico, homem de grande luminosidade política; um dos que ajudou a botar o fascismo alemão de joelhos, certa vez proferiu o seguinte aforismo: "Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir."
Churcill, como sempre estava com a razão, mas se esqueceu de dizer que a mentira tem fôlego longo e prevalece por muito tempo por causa da cumplicidade ou pelo acovardamento de alguns ou de muitos. Por isso, Nobres Deputados, guardem para vós vossos motivos banais e da próxima vez votem apenas pela verdade, se não vos lembrareis do Brasil, nem dos vossos eleitores. Assim estareis depondo também o charlanismo, o fanatismo e o banditismo, que matam as inteligências, assassinam a ética, massacram a moral e empobrecem nações inteiras.
ANTONIO KLEBER DOS SANTOS CECILIO