DE TIRADENTES A SERGIO MORO
Para melhor aceitar as suas limitações, a história demonstra que o homem em todas as eras criou heróis, esses seres sempre com o mesmo ideal de alcançar: a justiça, a paz, o bem.
Todos nós temos heróis, todos nós sonhamos com heróis, todos nós desejamos ser heróis, mas, afinal, o que significa ser herói? E bom, ruim, tem consequências positivas ou negativas? Existem mesmo heróis e super-heróis ou eles são uma criação da Humanidade para explicar o inexplicável, para aceitar as injustiças, para lembrar a fragilidade do ser humano?
Lá na primeira frase do primeiro parágrafo vimos que alcançar a justiça, fazer a paz e construir o bem é um desejo milenar que pode ser classificado como 'desejo de ser livre e feliz'. Dai, pôde-se concluir que não há felicidade sem liberdade. O ser humano para ser feliz precisa ser livre em todos os sentidos, obviamente sem esquecer que a liberdade individual termina onde começa o direito do outro. O conceito moderno de liberdade consiste portanto no ato de respeitar o outro e poder decidir por livre e espontânea vontade o próprio destino, sem interferências do Estado ou, na melhor das hipóteses, com seu apoio.
Porem, não é difícil concluir que, se a história da luta pela liberdade necessita de heróis é porque vilões sempre existiram e trabalham para escravisar. Portanto, o eterno combate entre heróis e vilões foi o terreno fértil onde nasceu a idéia de democracia, que nada mais é do que o ambiente onde todos têm o direito de ser livres e iguais perante a lei; e quando este direito for violado o Estado tem o dever de promover a Justiça.
Através dos tempos observa-se o surgimento de dois tipos de heróis: os das histórias de ficção, tais como Super-Homem, Homem Aranha ou Batman, que nos dão a esperança de um mundo melhor. E os de carne e osso, como Joana D'arc, Gandy, Martin Luther King e tantos soldados desconhecidos, que aparecem em situações de exploração extrema, de perigo, de conflitos, de guerras: gente aparentemente normal que, em certas circunstâncias, revela dotes e capacidades excepcionais. Uma Joana d´Arc, numa França dominada pela Inglaterra; um Tiradentes, homem simples, mas com indignação e coragem suficientes para enfrentar o autoritarismo do Império Português. Um Sergio Moro; a personificação da luta de um povo e uma nação contra uma canalha de sanguessugas, atrevidos, mentirosos e cínicos.
Contudo, a história demonstra que ser herói custa caro, uma vez que cada um deles, sem excessão, teve a seu lado um adorável traidor. Jesus Cristo não conseguiu passar incólume por Judas e ainda Pedro, a pedra da Sua futura Igreja, o traiu antes que o galo cantasse. E hoje a traição continua incorporada na animalidade irracional do ser humano que mata, escravisa e massacra por ambição ou pelo simples prazer de dominar e ter poder.
Por isso gosto das lições da história; porque a cada instante nos mostram os buracos do caminho que insistimos em cair. Em suas páginas aprendemos que a verdade, ainda que tardia, prevalece, mas infelizmente sempre à custa de muito sofrimento. Aprendemos também que traidores sempre existiram impulsionados pelo interesse. O traidor tem a falsa impressão de que se associando ao inimigo estará a salvo da pobreza ou da perseguição.
Contudo, posso, sem sombra de dúvida, garantir ao leitor que a grande culpa do sacrifício extremo dos heróis - a perseguição, a prisão ou a morte - pode ser atribuída ao medo e à falta de apoio daqueles por eles defendidos.
Vai aqui portanto um alerta, uma vez que até as pedras já sabem, que, se perdermos nossa única e, talvez, última chance de moralizarmos o Brasil com o apoio, trabalho duro, legal, limpo e apolítico do Juiz Sérgio Moro, da sua Equipe de Procuradores e da Polícia Federal levaremos certamente mais de um século para nós livrarmos da insanidade política, da ladroeira e do assédio oportunista do comunismo Russo-Soviético, com o objetivo de fazer do Brasil e da América Latina um quintal de idiotas e medrosos, apenas aptos a obedecer e pagar as contas sem reclamar.
Não façamos de Sergio Moro mais um herói morto! O apoiemos fortemente e sem medo, para que os ladrões culpados da pobreza de muitos brasileiros sejam exemplarmente punidos. Aos candidatos a ditadores comunistas façamos que ouçam o Brado Retumbante de um povo que deseja, quer e precisa ser livre e feliz. "Mais vale morrer em liberdade do que viver de joelhos"; assim disse o pensador.
ANTONIO KLEBER DOS SANTOS CECILIO