Depois de longo namoro, os galãs ITAU e UNIBANCO resolveram se unir em matrimônio e, ao que tudo indica, para sempre. Afora a paixão inicial e as doces emoções dos primeiros beijos e trocas de carícias, sem contar, obviamente, as inconfessáveis emoções e particularidades das primeiras noites passadas juntas; as únicas dificuldades que encontraram foram apenas duas: primeiramente o receio de macular os sólidos valores sob os quais foram criados, severamente implantados e cultuados pelos nobres vovôs e depois a incerteza da reação dos amigos diante da estrondosa notícia. – Um casamento gay entre dois cavalheiros acima de qualquer suspeita. – Como pode a natureza, por vezes tão dadivosa, pregar essas peças difíceis de entender e, quando mais, aceitar?! Dois supostos espadas, belos, nobres, cultos e bilhardários; se entregarem a essas paixões pueris, ainda por cima homossexuais; próprias dos mortais de carne e osso sempre carregados de banais emoções.
Tão difíceis decisões capazes de revelar antigos e quase inconfessáveis conflitos existenciais, sempre geram muita polêmica no mundo financeiro, tradicionalmente um reduto de machões. Mas depois que nuvens benfazejas e cores de rosa da modernidade pairaram sobre as cabeças desses cavaleiros sisudos e monossilábicos, trazidas pelos ventos da união dos também recém-casados Santander e Real; era chagada a hora da retumbante revelação. Afinal de contas, sob o som da trovoada da quebradeira mundial a oportunidade se revelou e o faro comercial vislumbrou oportunidades imperdíveis. Diante do cavalo encilhado Setúbal e Moreira Salles correram lado a lado, a fim de revelar orgulhosamente ao mundo, o matrimônio benfazejo. Agora a ordem é esquecer tudo e ser magnânimo:
“ – Sabemos que não poderemos ter netos, mas em compensação nossos filhos poderão adotar um bando de banquinhos quebrados abandonados em algum orfanato americano por lá ou aqui mesmo”.
Há outros lugares onde também se encontram muitos banquinhos quebrados. Basta uma incursão em algumas praças urbanas ou em muitas escolas estaduais, que estão mesmo é com tudo quebrado. Existem banquinhos negros, brancos, mulatos e até albinos. Com aquela dinheirama toda não sobrará banquinho, nem prá reclamar da má sorte.
O Jorge W Bush ficou feliz quando soube da intrépida união e como já sabe que ficará desempregado e esta morrendo de medo do Bin Laden, mandou currículo e já adiantou que está aceitando emprego até de babá de qualquer banquinho, que, por ventura, seja adotado pelo jovem casal. A única coisa que não abre mão é de um salário igual ao de presidente dos Estados Unidos. O casal, obviamente mandou seus assessores polidamente dizerem que será muita honra ter uma babá ex-presidente americana.
Com toda essa movimentação na alta esfera bancária sentimental agora o ministro Meirelles esta às voltas com o Banco do Brasil que não se conforma com o segundo lugar do hanking e cismou de se casar com o Bradesco, que, com todas as letras se declarou heterossexual. Se fosse o caso toparia juntar os dinheiros com a Caixa Econômica Federal. A Caixa, por sua vez, levantando-se da cadeira com aquela sua grande poupançona de dar inveja em qualquer banco gay, saiu requebrando e disse que seu coração já tem dono. Esta apenas esperando o Salvatore Cacciola sair do xilindró para se juntar com o Marca; aquele banquinho quebrado sem vergonha do tempo do Proer.
Falando em Proer o FHC logo entrou na conversa e quis saber do que se tratava. Logo foi recebido com toda pompa, pois ninguém ainda esqueceu quanto bem fez sua maxidesvalorização; aquela do real, na véspera da sua reeleição, quando uma avalanche de dez bilhões de dólares rolou Brasília abaixo enchendo os cofres dos banquinhos quebrados da época em que o Brasil vivia esmolando no Fundo Monetário Internacional e que os neoliberais se diziam sociais democratas.
Aliás, esse FMI não manda mais nada e o Brasil, que agora só pede dólar emprestado para o Federal Reserve, o popular FED. – fede sem ‘E’ no final, lógico, senão ninguém agüenta – declarou, pelo seu ministro da fazenda, o Sr. Manteiga Sem Sal, que não conversa com banquinho quebrado, muito menos com Fundo sem fundo. Imaginem um fundo raso que dispõe de pouco mais de trezentos milhões de dólares para emprestar, navegando numa maré de prejuízos mundiais da ordem de quarenta trilhões de dólares!
O presidente Lula retornando, todo feliz, de mais uma aula de socialismo roto em Cuba foi logo dizendo ser o responsável pela solidez do mercado financeiro brasileiro e comemorou a nova parceria que a Federação Nacional dos Produtores de Frutas Tropicais está para fechar com a Bayer. A dupla esta lançando no mercado internacional o ‘extrato de viagra com banana’, que promete ser um sucesso de vendas. A bananada brasileira nunca mais ficará mole! O garoto propaganda será o vovô republicano John McCain e seu bengalão trepador velho de guerra, mesmo tendo perdido as eleições americanas.
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