“Quem não tiver pecados que atire a primeira pedra” Com essa frase emblemática Cristo salvou a adúltera das pedras dos hipócritas.
Prato cheio para predadores que têm o rabo maior que a moral: uma mísera mulher, discriminada, indefesa; obviamente pobre, cujas vestes não exibiam nenhum brasão, nem no corpo o aroma característico dos porcos de alta linhagem; e um justo cuja postura sóbria e coragem de sobra desafiavam a ordem ideológica e política e os donos das pedras.
Por incrível que pareça a passagem acontecida há mais de dois mil anos se adequa tão moderna à realidade presente, quanto qualquer último lançamento da BMW ou da Microsoft. O Papa Bento VXI vem sendo diariamente apedrejado, pois querem lhe impingir parte da culpa pelas faltas de alguns desmiolados que ocuparam ou que, por ventura, ainda ocupem as fileiras da Igreja Católica. O acusam de leniência, quando ainda cardeal, no trato com um desses criminosos pedófilos, que insistem em se camuflar sob o manto da Igreja. Ora; querem que o velho e tradicionalista Joseph Ratzinger, homem de ilibada moral e indiscutíveis serviços prestados à Igreja, saia por aí dando uma de Papa Polícia! Estão se esquecendo que não é permitido a ninguém, nem mesmo a um prelado da sua envergadura, incriminar quem quer que seja baseado apenas em acusações muitas das vezes improváveis ou em provas toscas. É preciso que a sociedade entenda que a prática da pedofilia é um crime de difícil comprovação, mesmo para a polícia bem aparelhada e treinada e que o criminoso, por exigência constitucional em qualquer país civilizado, deve ter sua acusação formalizada sem pré-julgamentos e que a condenação só se consumará diante do direito de defesa plena e de provas contundentes e indiscutíveis. Ao acusador do padre criminoso, portanto, aconselhamos não telefonar ao Papa ou ao Bispo, pois estes, naturalmente e com razão cautelosos, se eximirão à condenação sumária. Que este, além de cuidar melhor dos seus menores, reúna indiscutíveis provas e vá ao Distrito Policial mais próximo e registre queixa formal contra o cidadão padre. Caberá à polícia fazer o resto do trabalho.
Não podemos permitir que a sociedade se valha desses fatos para tentar denegrir a imagem da nossa Igreja, nem a hombridade do seu pastor supremo, nem muito menos a seriedade do trabalho da maioria dos seus membros, apenas baseada nas ações criminosas de uma meia dúzia de miseráveis débeis mentais. Assim como também não seria justo enlamear a imagem de outras instituições da estatura do Congresso Nacional, das Forças Armadas, da Presidência da República, da Polícia ou do Judiciário; baseados apenas nas ações vexatórias de alguns deputados mensaleiros ou de um pequeno grupo de senadores coronéis, de alguns sargentos pederastas, de um ou outro presidente doidivanas, de maus policiais e juizes bandidos, que em troca de dinheiro sujo vendem sentenças benfazejas. Há pouco mais de um ano, os Estados Unidos, prostraram-se de joelhos diante de alguns corruptos e quase levou à banca rota o mundo na avalanche de pesados prejuízos em cascata, que assolaram as maiores e mais sérias empresas da história e nem por isso pode-se afirmar que o capitalismo ficou comprometido na sua essência, afinal de contas agir de má fé não é regra capitalista, mas exceção.
Cristo, em seu curto tempo de materialização, nunca procurou se acercar de super-homens ou super-mulheres dos quais se esperasse a infalibilidade e não há passagens na Sua vida em que condene alguém. Pelo contrário, as escrituras são pródigas em exemplos de falha humana. Ele mesmo foi negado pelo seu principal discípulo. Judas o traiu por dinheiro e diante de Pilatos a multidão preferiu alguém com um histórico de vida menos recomendável que a do mensageiro da paz, da justiça e da concórdia entre os homens.
A Igreja não é Deus, portanto esta sujeita a falhas e o próprio Papa Bento XVI reconheceu, numa interpelação da imprensa, que ela muitas vezes na história foi ferida pelos seus membros. Portanto, faz-se necessário que nós católicos a defendamos, assim como os lobistas ferrenhamente defendem seus interesses e comecemos, o quanto antes, a enaltecer o trabalho sério de centenas de outros militantes católicos, que estão em campo trabalhando, seriamente respeitando a moral é a ética pregada por Cristo, para suprir necessidades dos pobres, doentes e desvalidos, onde o cruel Estado cobrador de impostos esta ausente por incapacidade ou mesmo por incompetência. Por que rotulá-la pelos maus representantes, se temos exemplos como os de Zilda Arns, Madre Tereza e outros tantos anônimos dando o sangue em nome do bem estar e do amor ao próximo?
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