APRESENTAÇÃO


O conjunto de trabalhos que o amigo leitor encontrará aqui foi produzido ao longo de alguns anos. Não posso aqui precisar quantos, talvez uns vinte. A grande maioria deles publicada no jornal A TRIBUNA SANJOANENSE de SÃO JOÃO DEL REI (minha terra nanal) e NOVA MIDIA de BARBACENA; ambas tradicionais cidades históricas mineiras muito politizadas.

Obviamente há uma cronologia de publicação associada aos acontecimentos que inspiraram as respectivas reflexões. Depois de muito pensar, se deveria mencionar datas, resolvi aboli-las, pois achei que correria o risco de tornar seu passeio um tanto dirigido e até cansativo. Posso imaginar alguém lendo algo retratando fato acontecido há anos! Talvez se sinta entediado. Então, no intuito de instigá-lo, apresento uma miscelânea de trabalhos recentes e antigos, a fim de lhe subtrair, de propósito, qualquer direcionamento e deixá-lo livre para pensar, buscando no tempo, por si, tal associação. Acredito ainda que dessa forma esteja incitando sua curiosidade à medida que avance passos adentro. Sua leitura poderá inclusive ter início pelo fim ou pelo meio, que não haverá prejuízo algum para a percepção de que as coisas no Brasil nunca mudam. Ficará fácil constatar que a vontade política é trabalhada para a perpetuação da incompetência administrativa, obviamente frutífera para algumas minorias.

Penso que, se me dispus a estas publicações, deva estar antes de tudo, suscetível a criticas e, portanto, nada melhor que deixá-lo, valendo-se unicamente das informações contidas no texto, localizar-se na história. Caso não lhe seja possível, temo que o trabalho perca qualidade perante seu julgamento pessoal. Por conseguinte, acredito que isso não acontecerá; a não ser que o leitor não tenha, em tempo, tomado conhecimento dos fatos aqui retratados. Procurei selecionar de tudo um pouco; certamente sempre críticas, porém algumas muito sérias carregadas de um claro amargor. Outras, mais suaves, pândegas e até envoltas num humor sarcástico. Noutras retrato problemas da minha São João del-Rei. Até cartas para congressistas em Brasília há. E em alguns pontos, para abusar da sua paciência, introduzi coisas muito particulares. Críticas à parte, nessas, apenas falo de mim, afinal, apesar de amigos, talvez nunca tenhamos trocado impressões sobre coisas tão pessoais. . .

Aqueles que me conhecem há tempos, sabem que sou um obstinado por política, apesar de jamais tê-la exercido diretamente. Motivos houve de sobra e numa oportunidade poderei explaná-los. Todavia, do fundo do coração, afirmo que tal paixão tem como motor um doloroso inconformismo por ver o Brasil tão esplêndido e tão vilipendiado; vítima inconteste dessa cultura avassaladora de demasiada tolerância à antiética e à imoralidade na administração pública. Comprovadamente este é o pior dos tsunames com potencial para ter retardado nosso progresso mais de três séculos e grande responsável pela perpetuação da pobreza de metade da nossa população, pelo analfabetismo total e funcional, pela violência social e pelo abismo intransponível que aliena gigantesco contingente, maior que um quinto da população do continente sul americano. Diante do inaceitável absurdo, impossível me conformar em silencio diante dos atos e fatos que vão vergonhosamente enxovalhando nossa história e nos deixando como um gigante deitado sobre o escravismo que a Lei Áurea não foi capaz de abolir.

O título? Esse, talvez, seja o mais difícil explicar. GRITOS SEM ECOS representa uma espécie de pedido de socorro do náufrago, que sabe que de nada adiantará espernear, pois não há interlocutores, não há socorro, não há saída, não há conscientização; mas, assim mesmo, grita.

Será um prazer receber sua visita e ler suas opiniões, elogios ou críticas.

Forte abraço!



segunda-feira, 20 de abril de 2015

PASCU NO DOS OUTROS NAO ARDE


COMENTARIO ENVIADO A REVISTA PIAUI PARABENIZANDO A JORNALISTA MALU DELGADO, AUTORA DO TEXTO, PELA BELA E OPORTUNA REPORTAGEM DENUNCIANDO O TROTE DESRESPEITOSO NA FACULDADE DE MEDICINA DA USP.

 PASCU NO DOS OUTROS NAO ARDE

Quero, mais uma vez, parabenizar essa revista e a jornalista supra pela reportagem e pela coragem em abordar assunto tao importante sobre o trote na USP, intitulada: NA MIRA DO TROTE - Ed. 101, pag 26.
   Tema de extrema importancia colocado na ribalta para mostrar ao povo como esta podre a sociedade brasileira e qual o nivel dos profissionais que estao sendo preparados para dirigir o Brasil em poucos anos. Mais estarrecedor ainda o insolente barbarismo contar com o apoio, a conivencia, o financiamento e o silencio macabro de um bando de crapulas de colarinho branco ja formado naquela lama!
   Como entender um pais que se indignou ha pouco tempo com a conduta doentia e desrespeitosa de um medico que aproveitava de mulheres indefesas enquanto dormiam e que agora paga caro para mante-lo na prisao, se comportar com tamanha pasmaceira e tolerancia diante de um ascinte cruel dentro dos limites de uma universidade mantida pelo povo, ambiente onde deveriam estar burilando pessoas para o bem, mas que, pelo visto, estao formando bandidos covardes, torturadores, cinicos, mentirosos e sadomasoquistas?
   Como entender uma sociedade que se solidariza com sua presidente, quando ela lamenta e chora pelas torturas que sofreu, juntamente com seu grupo de militantes, muitos dos quais suas respectivas familias fizeram jus a indenizacoes e subvencoes milionarias, pagas pelo povo miseravel, para compensar a vida e a dignidade perdida, se calar diante desse holocausto da moral e do respeito?
   Ninguem, nem eu, e contra um trote saudavel, respeitoso, acolhedor, pandego, sociabilizante; e bom que se esclareca, senao, certamente, havera alguem defendendo o indefensavel. Todavia o que se esta condenando e a acao de quadrilheiros opressores agindo sutilmente dentro de uma escola, quando nao assassinando, jogando a reputacao de infefesos na lata do lixo.
   Garanto por tudo que ha de mais sagrado dentre meus valores morais e eticos que, se minha filha for submetida a tamanhas humilhacoes e torturas dessa magnitude e tal barbaridade chegar ao meu conhecimento, encherei de ameixas quentes a cara ou as caras dos bandidos que se prestarem a esse servico, para sentirem quanto doi o pascu nos outros e quanta coragem tem alguns pais feridos.
ANTONIO KLEBER DOS SANTOS CECILIO

quarta-feira, 15 de abril de 2015

DEMOCRACIA , ESSA DOCE MERETRIZ


DEMOCRACIA, ESSA DOCE MERETRIZ
              
              Desde os primórdios da humanidade a liberdade foi algo raro, tão almejado quanto espaço territorial e água. Mas, a convivência grupal exige, mesmo entre os irracionais, que o indivíduo respeite o espaço do outro, nascendo aí a primeira e mais tênue barreira de limitação da condição de plena liberdade.
                Entretanto, não se pode esquecer outra importante condição capaz de reduzir em muito os limites da liberdade. Ninguém nunca foi tão forte e capaz de se proteger por sua conta e risco principalmente nos tempos bárbaros, cuja lei era a do mais forte. Em troca de proteção os indivíduos eram obrigados a se submeter a leis severas de convivência e a moeda de troca era servir ao grupo através do controle e supervisão de um líder tribal.
                Até aí tudo parecia ir bem, até que vários indivíduos que reuniam as mesmas condições físicas e capacidade de combate começaram a competir entre si para a conquista do posto que pertencia a somente um. O resultado da competição entre os mais fortes e capazes foi um oportuno acordo de cavalheiros dando origem ao que modernamente chamamos de liderança; a condição em que não mais existia um líder, mas um grupo deles.
                Assim o exercício do poder perdeu o status de obrigação assumida por um líder comprometido com o bem estar coletivo e passou a ser privilégio de uma casta superior ligada à nova liderança, todos vivendo à custa dos demais e deles exigindo muita fidelidade e impostos para sua manutenção e regalo.
                Essa é a história dos primórdios do Estado e da opressão. Liberdade passou a ser moeda de troca e cada vez crescente privilégio dos mais leais ao Estado. Quanto mais forte fosse o combatente, mais poder conquistava com o apoio da elite. Nessas condições surgiram novos personagens históricos: os soldados e a escravidão.            
                As sociedades antigas eram compostas por quatro camadas sociais: nobres, militares, o clero e por último, o povo, na sua grande maioria, escravos. Por muitas dezenas de séculos essa foi a organização social comum. Não havia variações, não havia saída. Nascer bem era um evento de sorte máxima merecida por poucos e a morte a única promessa de descanso e libertação.
                O primeiro esboço de Estado de Direito surgiu na Grécia, mais precisamente em Atenas, cidade considerada berço da democracia. A palavra democracia encerra a idéia de governo do povo e para o povo. Embora o primeiro exercício de democracia tenha ocorrido, nem todos podiam participar das decisões políticas naquela cidade. Mulheres e escravos não tinham peso participativo.
                Atualmente a democracia é exercida na maioria dos países democráticos de forma *representativa.  O pilar principal da democracia é o direito de votar; subtendendo-se também o direito de se candidatar. O segundo sustentáculo, também de grande peso, constitui-se na alternância de poder, a qual determina substituição de mandatários a cada período pré-estabelecido, assim impossibilitando que alguém e seu grupo se estabeleçam no poder eternamente. Completando o tripé de sustentação da liberdade cidadã, instituiu-se, talvez o mais nobre dos direitos: o direito à defesa. Este garante que qualquer cidadão sob suspeição e acusação só poderá ser punido depois de esgotadas todas as possibilidades de defesa exercidas em instâncias jurídicas soberanas e independentes.
              Com o passar dos séculos e o advento das grandes conquistas tecnológicas, o Estado de Direito sofreu influências positivas e a ele se incorporaram a imprensa e, mais recentemente, a globalização, que nada mais é que a popularização dos computadores pessoais possibilitando ao cidadão comum conquistas nunca dantes imaginadas; dentre elas acesso instantâneo a fontes de informações localizadas em qualquer parte do globo, acesso a conhecimentos científicos em todas as áreas das ciências e, em minha opinião, o mais importante: deu voz ativa ao cidadão comum o inserindo no mundo das decisões de uma maneira tão profunda que jamais o poder terá a mesma força e capacidade centralizadora de outrora. Em poucas palavras pode-se afirmar que os poderosos perderam poder ou, pelo menos, terão que exercê-lo com mais responsabilidade e espírito humano. Estamos no inicio desse processo, mesmo porque a rede de computadores ainda esta na adolescência, mas o processo é irreversível.
               Entretanto, com a industrialização, mais acentuada no século XIX, surge no horizonte outro dragão avassalador: a ambição capitalista. Neste trem a elite também tomou carona e voltou a escravizar. Dessa vez a arma era o capital. Quem produzia dava as cartas e impunha a lei pela força do dinheiro.  Assim a acumulação de capital na mão de poucos passou a causar revolta crescente entre o povo.
                Vários pensadores estudaram o problema, dentre eles o mais importante; Karl Marx. Este idealizou o Estado Igualitário, no qual ninguém podia possuir mais que alguém. O Estado era dono e senhor dos meios de produção e do capital por eles gerados. Todos eram como funcionários públicos, trabalhavam para o Estado e não tinham salários. O pagamento devia ser feito pelo direito de morar em propriedade pública e gozar de serviços básicos de graça nas áreas da saúde, transporte, educação, lazer e demais. Uma espécie de paraíso democrático vigiado e limitado, o qual desconhecia importantes características humanas como, por exemplo, a ânsia pela competição e o direito nato de pensar, conquistar e protestar, ou seja: ser livre. Aqui Marx morreu na praia, quando tentou prender albatrozes na gaiola. Isso não deu certo e para se chegar ao resultado previsto ditadura foi necessário. Então seus seguidores viram, na prática, que suas idéias utópicas transportavam aquelas sociedades para o passado longínquo da antiguidade. À medida que governantes marxistas se revestiam de poderes absolutos e passavam a exercê-los apoiados por uma elite que tudo podia em detrimento do povo mais empobrecido e impedido de protestar, suas nações caiam no caos econômico e social. Enquanto o povo temia as perseguições da polícia política contando apenas com um judiciário fraco e conivente, a corrupção assumia status de ministério reconhecido e respeitado. Em suma, mais direitos foram cassados: os direitos à livre expressão e de propriedade, tendo prevalecido o fenômeno da escravidão física, mental e econômica.
                Hoje o mundo político é polarizado entre as vertentes Capitalismo e Marxismo. Ambos usam da doce meretriz para se justificar, conquistar adeptos e seguidores. Ambos falharam feio. O Capitalismo  pelo aumento incontrolável da desigualdade social em todas as sociedades, desde as mais desenvolvidas. Contudo vem demonstrando, principalmente nas ultimas décadas, grande capacidade regenerativa pelo maior apoio às liberdades humanas natas e, conforme dito acima, o poder jamais terá o mesmo peso depois da integração global. No futuro, gradativamente as estruturas de poder serão lentamente solapadas e enfraquecidas pela força do exercício da cidadania plena de cada vez maior contingente de populares.
                Por sua vez, o Marxismo, nunca se sustentou e nunca alcançou os objetivos paradisíacos sonhados por Marx, principalmente porque o filósofo se esqueceu que seres humanos quando revestidos de poder ilimitado assumem sua verdadeira identidade. Em segundo lugar, porque está estabelecido sobre fundamentos insustentáveis, tais como: ditadura, fabricação de idiotas úteis, assistencialismo, população alienada pela ignorância, indução fantasiosa à esperança por futuro melhor, manipulação da história, poder eterno, dissimulação, mentiras, ineficiência administrativa, insipiência tecnológica, aniquilação do empreendedorismo, inépcia na política, fabricação de homens/mulheres para obedecer sem contestar. Em resumo: confere legitimidade a um Estado Policial, onde os cidadãos são sempre vigiados e reduzidos à condição de meros números.
                Ainda assim, a voluptuosa meretriz continua andando por ai, rodando a bolsinha, com suas roupas sumárias, seu cheiro estarrecedor, encantando gregos e troianos. Todos lutam por ela, falam em  seu nome para o bem ou para o mal, para libertar ou para dominar; arrebanhando cada vez mais idiotas úteis apaixonados pelos seus encantos. Enquanto isso sutilmente ela coloca a linguiça no anzol e fisga os desavisados. Quando menos esperam, estão na gaiola mental e econômico-financeira, a serviço do poder, num beco sem saída, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo. Por isso a encantadora prostituta precisa constantemente ser vigiada. A polícia atende pelos nomes educação e informação. Sem elas os ricos mandam e os pobres obedecem em qualquer sistema.

* DEMOCRACIA REPRESENTATIVA – aquela em que os cidadãos delegam poderes de representá-los ao Parlamento pelo voto direto –

ANTÔNIO KLEBER DOS SANTOS CECÍLIO.
           
   



quinta-feira, 9 de abril de 2015

VÁ PRA RUA EM 12/04 - NOSSA UNIÃO CONSTRUIRÁ A NOSSA FORÇA!

PAÍS RICO É AQUELE ONDE O POVO SABE EXIGIR RESPEITO AOS SEUS DIREITOS!

Nós brasileiros não fomos acostumados a protestar e historicamente encaramos o exercício da política como algo acima do nosso alcance. Segundo essa cultura apenas aos políticos cabe a missão de cuidar da coisa pública, porque das nossas vidas cuidamos nós.

Ledo engano, porque todos os erros, assim como os acertos influenciam diretamente a vida de todos.

Portanto é preciso entender que é chegada a hora de mudar, porque só assim os políticos compreenderão que ao povo não cabe tão somente cuidar da própria vida, mas também supervisionar o que eles estão fazendo de bom e de mal.

Graças à democracia e às novas tecnologias hoje o povo ganhou mais força e capacidade para fiscalizar e isso tem sido fator de grande preocupação para os políticos, porque estão acostumados a deitar e rolar sem ser incomodados.

Por isso aproveite, exerça seu direito e no dia 12/04 venha para a rua engrossar o cordão da indignação contra a mentira, a falsidade, a corrupção, o comunismo e as tentativas de nos roubar a liberdade. Não se acovarde, não se acomode, porque é desses que eles precisam para dominar. Ladrões não atacam quando o dono da casa esta acordado e prevenido e o dono da casa é o povo.

O movimento não é em nome ou em apoio a partido algum. Mas em defesa da ética, da verdade, da democracia, do futuro dos nossos filhos, da grandeza e do progresso do Brasil e do seu povo.


País rico não é pais sem pobreza, porque a verdadeira riqueza só existe onde não existem mentirosos, dissimulados e incompetentes. 

País rico é aquele onde o povo sabe exigir respeito aos seus direitos!

ANTONIO KLEBER DOS SANTOS CECILIO

quarta-feira, 1 de abril de 2015

TEM CASCAVEL NESSE MATO

 TEM CASCAVEL NESSE MATO

Estamos vendo todos os dias nos jornais noticias sobre a tal Reforma Política.

Portanto, na intenção de clarear o que esta por trás das cortinas, resolvi tratar do tema, a fim de melhor esclarecer aos amigos do que se trata, porque estando todos bem informados, através do compartilhamento na rede, será mais difícil os governantes nos fazer de gado sendo conduzido para o matadouro sem saber de nada e de cabecinha baixa.

Antes, quero ainda lembrar que por parte dos políticos, de qualquer partido, não há intenção nenhuma de fazer reforma alguma, porque a situação do jeito que esta é muito boa para eles. O caminhão deles está carregado de desvantagens é contra o povo!

Ademais, não posso esquecer de chamar atenção para mais um detalhe:
Prestem atenção que toda vez que o povo vai às ruas protestar contra a corrupção ou contra o sofrimento do dia a dia, eles se lembram da reforma, para acalmar os ânimos. Em 2013, se lembraram e depois esqueceram, quando o povo se acalmou. Agora será a mesma coisa. Assim que o povo sair das ruas, voltarão a esquecer.

O risco que nossa democracia corre é grande, porque a cascavel no mato é brava e venenosa e pode nos roubar a liberdade. O mesmo golpe já foi aplicado em outros países. O melhor e mais recente exemplo é a Venezuela, que se transformou num país comunista e miserável.

Vamos à explicação:

Existem alguns tipos de democracia, mas as mais importantes e mais usadas são:
DEMOCRACIA REPRESENTATIVA e a DEMOCRACIA PARTICIPATIVA.

No Brasil e na maioria dos países democráticos vigora a “Democracia Representativa.”
Representativa, porque vem do verbo “representar”. O povo vota em eleições diretas a cada quatro anos para eleger seus representantes no Congresso Federal, nas Câmaras Estaduais e nas Câmaras de Vereadores. A partir daí cabe aos representantes do povo fazer as leis e fiscalizar o Poder Executivo representado pelo: – PRESIDENTE – GOVERNADOR – PREFEITO.
Ao povo cabe fiscalizar todos eles, porque o povo é o dono do país.
 Agora ficou mais fácil, porque temos as potentes ferramentas chamadas INTERNET E REDES SOCIAIS.
Por isso, quanto mais safados forem os políticos, mais temem um povo conectado!

A DEMOCRACIA PARTICIPATIVA origina-se do verbo “participar”.
Nela o povo é chamado para dar opinião sobre assuntos de interesse popular.
Na antiguidade muitas pessoas se reunião numa praça ou numa arena de gladiadores e levantavam e baixavam as mãos, se contra ou a favor; como se faz hoje numa sala de aulas.

Com o crescimento das populações ficou impossível fazer isso, então a solução foi nomear um grupo de líderes populares, para levantar ou baixar as mãos no lugar do povo.
Vê-se que nessa hora a DEMOCRACIA REPRESENTATIVA foi inventada.
Numa cidade como São Paulo, como reunir milhões de pessoas num só lugar para opinar?

Por isso, a Reforma Política que estão querendo fazer hoje tem coisas boas, mas também tem um ninho da cascavel escondido. O governo federal quer criar no Brasil a DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, como maneira de tirar poder do Congresso Nacional e o povo poder opinar diretamente nas decisões importantes.
Isso pode ser feito através de plebiscito, pela internet, pelos Correios, etc...
Você acha que isso daria certo? Imagine quantas vezes por ano haveria consultas populares e quanto custaria isso para o povo em dinheiro e em burocracia?

Mas o governo finge não saber de nada disso e quer porque quer.
Vende a idéia de que assim o povo seria mais valorizado.

Contudo, a verdadeira intenção dos governantes é escolher para as Câmaras de Votação somente cidadãos filiados aos partidos que apoiem o governo. Assim, nenhum cidadão da oposição seria convocado para votar e a opinião da maioria nunca seria considerada.
Sociedades onde não existe oposição não são sociedades democráticas nem aqui nem em lugar nenhum. A democracia é a arte do debate entre opositores onde vence a maioria.

Esse tipo de Democracia Participativa Furada é na verdade um caminho para uma ditadura.
Como o tempo a cascavel da cria e vira uma DITADURA COMUNISTA.

A história conta que na China, na extinta União Soviética e em Cuba comunistas havia e ainda há os “politiburos” o mesmo que as Câmaras Populares que o governo brasileiro quer criar.
E acima dos politiburos há o Presidium que significa presidência.
Na antiga União Soviética o Presídium era conhecido como “Soviete Supremo”
Tudo composto pelos amigos dos ditadores.

Não havia oposição e quem abrisse a boca era fuzilado.
Se duvida consulte a história desses países.
João Paulo II, o maior papa da história de Igreja, nasceu e cresceu na Polônia Comunista e sempre foi contra essas ditaduras porque conhecia quanto sofrimento causam ao povo, que continuava pobre e sem liberdade.

Quem quer isso para o Brasil levante a mão!

Não se esqueçam que a DEMOCRACIA REPRESENTATIVA tem muitos defeitos, muitos por culpa do povo que vota mal e não fiscaliza, mas ainda não inventaram nada melhor.

Fora disso quem se dá bem são os eternos comandantes...

Não faça do seu voto uma arma, a vítima pode ser você!

O ENGENHEIRO PIANISTA E A INVEJA

O ENGENHEIRO PIANISTA E A INVEJA

Há muitos anos havia numa cidade do interior dois amigos, Papim e Julius. Tinham a mesma idade, eram vizinhos, famílias velhas amigas.  A amizade era tanta que os pais de ambos tornaram-se compadres. Convidaram-se mutuamente como pagamentos de gentilezas e profunda amizade. Eram como irmãos e desde o amanhecer estavam juntos. A escola era a mesma, desde cedo nas mesmas turmas.
Papim era um carinhoso apelido originário ainda do tempo em que o menino balbuciou as primeiras palavras e papai foi uma delas. Todos se encantavam com o esforço do pequenino tentando se comunicar com o pai solicitando colo. De braços abertos, olhos fixos e mãos trêmulas freneticamente se contorcia num choro alto que só parava, quando tinha atendido seu desejo.
Com o passar dos anos a dinâmica do crescimento anunciava que Julius tinha um caráter mais extrovertido. Era falante, brincalhão e todo o tempo estava equipado com bolas, patins, bicicletas e chuteiras. Papim era o oposto. Introvertido, pouca fala, sorria entre dentes, era mais dedicado aos estudos e tinha claro pendor musical, com certeza, herdado do avô materno, exímio trompetista da banda municipal. Logo começou a colher sucessos com boas notas, elogios dos professores e assédio dos demais garotos da sala que o requisitavam para sanar dúvidas nas exatidões matemáticas. Julius se esforçava para acompanhá-lo e apesar de aparentar mais inteligência e vivacidade, seu perfil bonachão não era adequado para colocá-lo a páreo com o amigo irmão.
Então a tanta diferença de perfis começou a levantar barreira no relacionamento, não destruindo a sólida amizade, mas criando incompatibilidades crescentes. Julius andava com meninos barulhentos, arteiros, passou a tirar notas medíocres na escola; vez por outra matava aula e na adolescência já havia namorado uma dezena de garotas na escola e do bairro. Passou a ser motivo de grande preocupação para os pais ainda mais alarmados ao ver Papim desenvolvendo sua habilidade musical e a cada mês apresentando boletins recheados de notas azuis. Convocaram psicólogo, psiquiatra, assessoria pedagógica e todos eram unânimes no diagnóstico da normalidade. Julius tinha um caráter libertário, não suportava controles, horas, ambientes fechados, repreensões; em contrapartida aos seus testes de capacidade intelectual que apresentavam inteligência acima do padrão. Sua mãe, como toda mulher, era mais condescendente e tinha esperança de que a maturidade colocaria os pingos nos is do filho. Mas o pai não tinha outra opinião a não ser a de que Julius era malandro, preguiçoso incorrigível.
Com o tempo já nem mais se viam. No máximo se cumprimentavam e ouviam as vozes um do outro devido à proximidade das casas. Quando inevitavelmente se encontravam até tentavam um papo, mas o esforço era grande de ambas as partes. Nada mais havia um com o outro. Papim considerava o antigo amigo um irresponsável e Julius, por sua vez o via como um nerde, amante de livros e cadernos, mas neófito na arte da conquista. Jamais o vira pelo menos conversando com uma garota. Certa vez, tentou ajustar um namoro para ele, com aprovação da garota, mas Papim, depois de alguns dias a dispensou, porque havia passado no vestibular de Engenharia Elétrica e aproveitaria as horas vagas para se dedicar aos compromissos universitários e aos exercícios de piano.
O distanciamento foi tanto que contaminou até as famílias e as horas de prazer dedicadas a bate papos intermináveis já não mais aconteciam. O sucesso de Papim, nessas horas, constrangia seus pais e o desregramento de Julius humilhava sua família. Mas mesmo evitando o assunto não mais havia calor humano. E é o que procuravam fazer; nao tocavam no assunto "filhos".
Como nada na vida foi feito para ser igual, o andar da carruagem, com o passar dos anos, foi o que se esperava: Papim transformou-se num engenheiro de sucesso graças a uma contratação da General Eletric. Foi passar alguns anos nos Estados Unidos. Lá, aproveitou e aprofundou mais o domínio do piano. Chegou até a fazer parte da Orquestra Filarmônica de São Francisco. Hoje é presidente da seccional latino americana da General Eletric. Vez em quando vem ao Brasil tocar em saraus e outras apresentações eruditas.
Julius continuou o que era! Apenas mais velho e o amadurecimento nunca colocou pingos nos seus is, como sua mãe previa. Trabalhar pouco sempre foi seu lema! Apreciava noitadas, divorciou-se, casou-se outras vezes, foi pai de uma penca de filhos, que mal puderam gozar do carinho paterno. Nunca achava no bolso o suficiente para compromissos sérios; o que não faltava para a esbórnea.
Tinha ojeriza por Papim, não podia nem ouvir som de piano que a inveja lhe trespassava. Considerava o ex-amigo um maricas. Chegava a colocar dúvida sobre sua masculinidade e inventava mentiras sobre seu passado; um impulso inconsciente para compensar a desproporção entre os dois. Batia no peito, reconhecia a culpa, mas o orgulho ferido não o redimia. Pelo contrário, cada vez mais o impulsionava a odiar o engenheiro pianista. Depois que os pais de ambos morreram, nunca mais se viram pessoalmente. Enquanto a vida de um se transformara num tédio, a do outro era de trabalho, conquistas, cheia de prazeres e glamour. Papim, se casou com sua segunda namorada a qual namorara por quase dez anos e teve dois filhos, que se doutoraram em Física Nuclear e Direito Internacional. Quanto aos filhos do outro, não pergunte que nem ele nem eu sabemos.
Entretanto, de repente a sorte sorriu para Julius. Outro amigo de escola, foi eleito prefeito da cidade por um certo Partido da Frente de Libertação Incondicional (PFLI). A bandeira era pela destruição do capitalismo e domínio internacional do marxismo popular igualitário. Julius foi convidado para se filiar e mesmo não gostando, nem entendendo nada de política, aceitou o convite. Devido a sua característica extrovertida, inteligência e alta capacidade de convencimento, rapidamente enfronhou-se nos meandros do mundo político, aprendeu que mentira bem aplicada, no sujeito e na hora certa, pode ter mais força que verdade. Dois anos depois da filiação já era membro da diretoria, fazia discursos inflamados, conclamava o povo a se revoltar contra tudo. Gostava de ser bajulado e aplaudido, mesmo que suas palavras não significassem nada. Importante era o povo acreditar.
No fundo o grande objetivo de Julius era  o Parlamento. De lá ele poderia mirar de igual para igual, nas mesmas alturas, a cara de santo convencido do velho amigo Papim. Foi o que aconteceu. Perdeu a primeira disputa para deputado estadual, mas dois anos depois, com o apoio incondicional do PFLI, ganhou direito a um assento na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Aí, nem o céu foi limite. Candidatava-se para tudo que era comissão disso e daquilo, colecionava um pelotão de amigos de todas as nuances sociais, patrocinava time de futebol, escola de samba, festa de tudo que era santo. Projetos nunca apresentou algum, mas ocupou o parlamento por mais de vinte anos, sempre na mesma linha populista. Seu verdadeiro prazer era consumir, viver bem, viajar em tudo que era missão internacional e se deliciar em hotéis de cinco estrelas. Mulheres sempre foram seu fraco! Mas, sempre tomava cuidado na afinação dos discursos inflamados para agradar a militância da esquerda radical. Até que um dia, por nova pressão do partido, fora indicado para a pasta das Minas e Energia. Como ministro tornou-se líder o governo e tinha grande influência sobre o presidente.
Logo teve a grande idéia de convidar Papim para seu assessor especial para assuntos estratégicos. Papim, um idealista, sempre focado na missão de unir para fortalecer, aceitou o convite. Afinal ele desconfiava, mas nunca teve certeza da ojeriza do amigo e, na dúvida, preferia perdoar.
Como não entendia nada de nada, era bom de papo mas ruim de passo, era Papim para tudo. Sem a assessoria e capacidade técnica do assessor, Julius era zero à esquerda. Sofria com isso, mas agora o poder era acalento para as dores de cotovelo.
Quer saber a moral da história? Um comunista incompetente sempre precisará de um capitalista competente para assessora-lo, pois só assim os eleitores poderão continuar acreditando nas suas virtuosas promessas vazias.


ANTONIO KLEBER DOS SANTOS CECILIO