Nos dias de hoje, se tornou lugar comum a justificativa de que não se tem mais tempo. Tempo; essa matéria prima da qual tanto dependemos; nosso mais valioso bem não renovável, absurdamente vem, a cada dia mais, se perdendo pelo ralo da correria com tantos afazeres característicos da vida moderna!
A dinâmica natural da vida acelerou-se absurdamente com o alto fluxo de informações proporcionado pelas novas tecnologias e isso transformou o homem/mulher contemporâneo numa máquina movida a competição. O “ser” perdeu valor em favor do “ter”. Vale mais quem tem mais e aí nos desumanizamos drasticamente. Precisamos correr para ir à ginástica e ter o corpo mais sarado, correr para não perder o inédito capítulo da novela no televisor HD de última geração, nem o jornal com as últimas notícias da corrupção e da violência social. Correr para pagar a prestação do carro automático equipado com computador de bordo. Correr para planejar as férias das crianças à Disney. Correr para ir ao médico tratar da depressão e da hiper-tensão, que ultimamente se tornaram crônicas devido às altas pressões e à frustração por não ter ainda mais tempo para perder com mais e mais conquistas materiais. Um contra-senso, pois, se hoje dispõe-se de parafernálias tecnológicas mais eficientes, era de se esperar que sobrasse mais tempo para o “ser” humano que existe em cada um. Entretanto, o que se espera para o futuro é um aprofundamento ainda maior da escravização ao estado do “ter”, uma vez que as minorias dominantes detentoras dos meios de produção e controladoras da grande mídia mantêm-se atentas na criação de novos valores e novos meios de satisfazê-los, introduzindo o modismo tecnológico embarcado na rápida obsoletização como motor necessário à crescente e lucrativa valorização do “ter”.
Diante dessa corrida colossal vem a clássica pergunta: - o que se pode fazer; como reagir se estamos introduzidos até o pescoço ao culto do ter?
Antes de tudo é necessário libertar-se do comodismo, livrar-se do efeito manada que induz todos a fazer tudo igualzinho, sem questionamento. Pare, olhe, escute, observe; procure outros valores ao derredor e certamente encontrará uma instituição séria, comprometida com o bem estar e o desenvolvimento do seu “ser”. Ela é a Igreja Católica e esta representada em sua cidade ou região por uma Diocese, liderada pelo bispo diocesano e composta por algumas dezenas de veneráveis paróquias e seus respectivos vigários, mantenedoras de incontáveis obras sociais junto a comunidades carentes; enfrentando de peito aberto o sofrimento de pessoas desassistidas pelo estado, na maioria das vezes ausente em seus compromissos constitucionais. As Dioceses e seus párocos auxiliados por um batalhão de voluntários, atuam ainda levando alento e paz espiritual aos doentes e desesperançosos, conhecimentos de valores intrínsecos relativos a Deus, à ética na convivência, ao amor ao próximo, à conduta cristã através do catecismo ministrado a centenas de milhares de jovens ainda impúberes desenvolvendo em suas cabeças o equilíbrio e a conscientização necessários para o enfrentamento dos falsos valores do “ter” a qualquer custo; capacitando-os pelo menos a deixarem de ser vítimas mansas, irracionais sem reação, incapazes de separar o joio do trigo.
A Diocese tem origem histórica no Direito Romano, para designar o território e a jurisdição de uma cidade. Sua importância histórica, acima de tudo demonstra com mais força sua importância aglutinadora como fator de integração territorial e cultural num dos mais importantes, longevos e influentes impérios da antiguidade, o Império Romano. A Igreja Católica, na sua condição de legado histórico, cultural e religioso daquele importante império, cedo percebeu que para se impor como representante primaz do cristianismo através dos séculos precisava também se estruturar fortemente, mas, sobretudo de maneira ágil e flexível e então, lançando mão do mesmo recurso, se subdividiu em Dioceses, transformando-se num corpo uno, com linhas de comunicação eficientes entre o Papa e as mais remotas regiões da terra.
Sua Diocese, portanto é a cabeça e os olhos do Papa, representante máximo do Cristo entre os homens de boa vontade. Vá até ela, valha-se do seu acolhimento, conheça sua messe. Através das ferramentas materiais e espirituais fornecidas por ela, vacine-se contra o imperialismo dos modismos materialistas e permita que o “ser” existente em você sobrepuje seus “teres”; assim certamente terá mais tempo, menos stress, mais saúde mental, corporal e paz de espírito.
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