EM 2018 ELEJA UM LADRĀO PARA TE GOVERNAR.
Certa vez, conversando numa roda de amigos, ouvi uma frase que marcou-me fortemente. Com poucas palavras o interlocutor foi duramente categórico ao afirmar que o Brasil é um país enfeitiçado, porque tem tudo para ser grande, mas quando as coisas parecem querer entrar na linha, fatos inesperados acontecem para atrapalhar. Crises monetárias, desequilíbrios mercadológicos , instabilidades políticas internacionais, fenômenos metereológicos, guerras. Tudo parece conspirar contra nosso desenvolvimento e bem estar exatamente na hora errada.
De certa maneira até pode parecer verdadeira a observação, uma vez que não são poucas as vezes que somos pegos pelo calcanhar exatamente na hora de decolar e entāo realizamos voos curtos; dois anos de crescimento e cinco de crise. Somos uma nação ciclotimica negativa ou seja, vivemos ciclos curtos de pujança e ciclos longos de empobrecimento.
Dezenas de analistas debruçam-se sobre o problema e todos chegam à mesma conclusão: precisamos aprender planejar. Planejamento é matéria básica no intuito de aproveitar bem a bonança para se sustentar bem em tempos de crise.
Mas, será que nosso defeito é mesmo nao saber planejar? Será que não passamos de um bando de idiotas incapaz de somar e medir consequências dos nossos erros ou acertos? Será que nosso estereótipo é mesmo de sermos os burros do palácio? Uma nação grande e rica, que não consegue proporcionar aos seus cidadãos vida digna e mínima esperanca no futuro? Ou, quem sabe, o feitiço exista?
Nada de feitiço, nada de burrice! Graças a Deus e à Democracia temos visto todos os dias que, pelo contrário, somos grandes estrategistas, cuja objetivo maior é roubar, meter a mão no alheio, roer o paiol do vizinho, aumentar a pança com pirão surrupiado. Chegamos à triste conclusão que se nosso defeito fosse burrice, talvez o conserto fosse mais fácil. Mas ao tratar-se de uma nação de estrategistas cleptomaníacos apaixonados pelo bem alheio, aí a coisa se complica e tudo parece dar errado.
Apesar de já desconfiarmos, ultimamente estamos nos certificando, com toda certeza, que somos uma sociedade dividida em duas bandas: povo e ladrōes. Se você simplesmente não carrega na gola ou na carteira uma insígnia importante, então pertence ao “Grupo Povo” e sua função é pagar sem esperar nada em troca. Mas, se for um felizardo batizado com um brasão oficial, então você esta a salvo para meter a mão no que você pensa que é seu. Afinal colocaram isso na sua cabeça e você lutou para estar lá exatamente para isso, sem jamais ter pensado um minuto sequer em servir bem para fazer jus as benesses que lhe deram como direito imperial numa nação de miseráveis.
Muitos que ora carregam seus brasões oficiais, nessas alturas do campeonato, devem estar se eximindo de qualquer culpa, afinal nunca possuíram um apartamento para esconder 51 milhões de reais roubados, jamais visitaram um banco suíço ou nunca foram presidentes ou presidentas de nada.
No entanto é chegada a hora de se ajoelhar sobre a culpa e pedir perdão a Deus todos aqueles que ganham altos salários e gozam de direitos principescos pagos pelo povo e chegam atrasados nos seus postos de trabalho, atendem o cidadão com máxima ma vontade e preguiça ou usam e abusam dos bens públicos de maneira perdulária e irresponsável.
Não se esqueça jamais que se você vive a custa do povo, tem demais, maltrata demais, gasta demais ou rouba demais, muitos sofrerão demais por terem de menos e o Brasil continuará a ser um país enfeitiçado onde tudo da errado.
ANTONIO KLEBER DOS SANTOS CECILIO